A edição de “Livros que tomam partido – Edição e Revolução em Portugal: 1968-1980” de Flamarion Maués – historiador e ensaísta brasiileiro – foi apresentada na sede da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (AJHLP).
A obra analisa o mundo da publicação de livros em Portugal, dando privilégio à edição de obras de um cunho político-ideológico-crítico. É verdade que Portugal (e nomeadamente a zona Norte) assistiu desde os finais dos anos 60 – nomeadamente com o marcelismo – e após a queda da ditadura – em 25 de Abril de 1974 – a um forte incremento da edição política. Frequentemente clandestina (e onde aparentemente se assistiam às perseguições e as contra-fés inquisitoriais e aos processos intimidatórios da censura e das devassas nas livrarias pela PIDE). Esta época foi, também a prefiguração da divulgação das ideias (nomeadamente o marxismo e as posições teóricas “em contracorrente”) que – segundo o Professor da Universidade do Minho José Manuel Lopes Cordeiro – apresentador da obra – está ainda insuficientemente estudada.
Foto de Paulo Moreira Lopes

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