Foi inaugurada, na sede da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, a Exposição “Mário Sacramento 1920-1969”, inserida nas comemorações do 100º aniversário do seu nascimento. Médico e intelectual cujas ideias alcançaram projeção em todo o Portugal, Mário Sacramento nasceu em Ílhavo e ficou conhecido como uma figura destacada da mobilização democrática na luta antifascista contra o Estado Novo. Teve um papel crucial na sua qualidade de membro da comissão promotora do Primeiro Congresso Republicano, em Aveiro, em 1957. Não há dúvidas sobre um facto clarificador: a perseverança num domínio que lhe é exclusivo – o da crítica-literária. E sim o de um homem de cultura – refinado – morto aos 49 anos – fica bem patente – publicando sucessivamente artigos e ensaios “grosso modo” sobre as obras de Eça de Queiroz, Cesário Verde, Fernando Namora, Fernando Pessoa (e de tantos outros bem diferentes entre si). Há outros temas também, como a “convivialidade” entre cristãos e marxistas (com a igreja católica por exemplo) e a estética (a poética) neo-realista. Interessante é ainda o facto de ter sido sócio da AJHLP desde os inícios dos anos 60. A mostra está aberta ao pública de segunda a sexta, das 14 às 18 horas, até 19 de Novembro.

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